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quinta-feira, 12 de julho de 2018

PIMENTEL ACUADO


Pimentel está chegando à campanha em posição defensiva, visivelmente acuado pelos muitos adversários. A menos de três meses das eleições, seu governo enfrenta momento crítico, alvo de ataque e desgaste constante pelo atraso nos salários de servidores e repasses aos prefeitos. Ele não consegue aprovar mais nada na ALMG após perder o apoio do presidente da casa, Adalclever Lopes, hoje seu inimigo. Não conta com colaboração do TCE, outra casa de desafetos. Sem essas instituições, o governo não tem como articular medidas de alívio financeiro. Até aqui a oposição tem sido exitosa em sua tática de jogar a crise no estado sobre Pimentel enquanto fecha as possíveis saídas do governo. A ordem unida na oposição é sangrar o governador do PT até a sua morte nas urnas.

TODAS AS CULPAS

A ofensiva anti-Pimentel vem numa escalada. Ontem, galgou novo degrau com o presidente da AMM, Julvan Lacerda, responsabilizando o governo estadual também por futuros atrasos de salários nas prefeituras mineiras. Julvan previu que os municípios vão ter dificuldades para pagar o pessoal a partir de agosto. E já antecipou a reação dos prefeitos da AMM, botando a culpa no governo estadual que não repassa dinheiro aos municípios.

FACILIDADE E RISCO

Está sendo relativamente fácil para a oposição a ofensiva anti-Pimentel. O governador parece cada vez mais isolado politicamente, com a reeleição dependendo em medida crescente do apoio de Lula e Dilma para preservar ao menos o eleitorado do PT. Mas ainda é cedo para a oposição cantar vitória; todo ataque tem os seus riscos. Se nenhum oposicionista apresentar propostas críveis (ora desconhecidas) para resolver o problema do caixa estadual, a ofensiva anti-Pimentel pode acabar servindo para inflar índices de nulos e abstenções em vez de render votos aos candidatos da oposição. A questão é matemática: quanto maior o volume de não-votos, maior será o peso proporcional as urnas dos petistas que ficarão com Pimentel até o fim.

TRINCA DE PAUS

Anastasia escolheu três homens para a coordenação de sua campanha. O deputado Marcos Montes (PSD) vai coordenar a área política, ocupando posição que praticamente o confirma como candidato a vice-governador. O delegado Alexandre Silveira, suplente de Anastasia e também do PSD, cuidará das atividades operacionais. E o economista Luís Antônio Athayde, ex-secretário de governos tucanos, comandará o programa de governo.
UNIDOS DA PEC

Delegados da Polícia Federal em Minas deflagraram uma campanha pela aprovação da PEC 412, que confere ampla autonomia ao órgão. O ato inicial foi o lançamento de uma revista dedicada à causa durante evento na Confraria do Fogão a Lenha, em BH, na última segunda-feira. Tadeu de Moura (veja foto), presidente da regional da ADPF, associação nacional da categoria, puxa o bloco mineiro pela PEC.

PRÓS E CONTRAS

A autonomia de gestão tem amplo apoio interno na PF, mas desperta muita polêmica fora da corporação. Tanto que a PEC agarrou no Congresso. O argumento de que uma polícia sem intervenções e nomeações políticas terá mais independência para fazer seu trabalho e combater a corrupção atrai muitas simpatias para a causa dos delegados. O ponto polêmico é a gestão orçamentária: no caso do MP e do judiciário, a maior autonomia contribuiu para uma farra salarial sem limites, com as corporações engordando os próprios holerites com aumentos e novos benefícios.

ISCA DO EMPREGO

Um jovem foi até uma agência de empregos na região metropolitana de BH e recebeu de atendentes a indicação de um curso de Excel, que custa R$ 1 mil, para aumentar as chances de conseguir uma vaga. A agência oferece empregos na fachada para vender serviços no balcão.

DOMINANDO

A direita deu uma nova surra na esquerda em interações na internet, desta vez na repercussão sobre o solta-prende Lula no domingo. Segundo uma plataforma de monitoramento das redes sociais gerida por pessoal da USP, curtidas, compartilhamentos e comentários sobre o assunto das páginas de direita no Facebook somaram 6,6 milhões e as de esquerda, 4,3 milhões.

Fonte O Tempo

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