ara milhares de funcionários e aposentados do estado, mais uma semana começou com incerteza em Minas Gerais. No 18º dia de junho, muitos ainda não sabem quando vão receber todo o pagamento referente a maio. E os atrasos constantes têm levado servidores à inadimplência.
A preocupação aumenta à medida em que as contas se acumulam. A cantineira Rita dos Reis não consegue mais pagar tudo em dia. Ela e o marido são servidores do estado e estão recebendo os salários com atraso.
“Água, luz, internet, cartão de crédito, carnê, tudo atrasado. Deve estar chegando em R$ 5 mil a R$ 6 mil, mais ou menos juntando todas as contas”, disse Rita.
Neste mês, mais uma vez, o governo descumpriu o cronograma do escalonamento adotado desde fevereiro de 2016. O motivo seria a queda da arrecadação reflexo da greve dos caminhoneiros. No último dia 13, data marcada para o depósito da primeira parcela, no valor de até R4 3 mil, 53% dos trabalhadores não receberam.
Por causa do atraso no pagamento, protestos se espalham pelo estado. Trabalhadores em educação começaram uma greve no dia 11. Na Escola Estadual Pedro II, em Belo Horizonte, funcionários ocuparam a escadaria, nesta segunda-feira (18), e o movimento ganhou apoio de pais e alunos.
Setecentos estudantes estão sem aula. “Eles estão recebendo atrasado, e a situação, não fica só complicada para eles, fica complicada para a gente também”, afirmou a estudante Milena Lima.
Os servidores da educação dizem que receberam na sexta-feira (15) uma parcela de R$ 1,5 mil Eles querem que o pagamento seja feito até o quinto dia útil do mês.
“As forças de segurança, Polícia Militar recebem em dia certo. Há que se ter justiça. Faça um revezamento. Sabemos que está difícil, mas a educação não pode ser a única que paga o preço da crise”, disse o professor Ubirajara Rosa dos Santos.
A Secretaria de Estado de Fazenda (SEF) informou que, nesta terça-feira (19), vai pagar até R$ 1 mil para os aposentados. Disse também que os valores restantes, tanto para servidores ativos quanto para os inativos, serão pagos à medida em que o fluxo de caixa for se normalizando. Em relação à segunda parcela dos salários, está mantida a previsão do dia 25 de junho.
Fonte G1
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