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quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Qual político está por trás da onda de rebeliões nas penitenciárias do País?

Ministro nega que País esteja vivendo onda de rebeliões no sistema prisional

Após um novo massacre em presídio nesta sexta-feira, 6, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, negou que o País esteja vivendo uma onda de rebeliões no sistema prisional. Segundo ele, as trocas de informações com os secretários estaduais de segurança descartam esse risco.


Para Moraes, que vai viajar a Roraima ainda nesta sexta, as 33 mortes ocorridas no presídio de Boa Vista nesta data não foram uma retaliação do Primeiro Comando da Capital (PCC) à Família do Norte, autora do massacre no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus.

“Não há uma informação consolidada, exatamente por isso estou me dirigindo à Roraima e depois das reuniões, aí sim, vou ter informações mais consolidadas, mais condições de analisar o quadro geral”, disse.

As declarações do ministro vão de encontro à avaliação do secretário de Justiça e Cidadania de Roraima, Uziel de Castro Júnior, que disse em entrevista a uma rádio local acreditar que os crimes haviam sim sido cometidos por membros do PCC como vingança pelas 56 mortes ocorridas em Manaus, já que a Família do Norte é ligada ao Comando Vermelho.

Responsabilidade

Em meio à sequência de massacres, o ministro da Justiça tentou minimizar a responsabilidade do governo federal sobre os episódios e disse que a gestão do sistema prisional cabe aos Estados.

Segundo ele, o controle dos presídios estaduais não cabe ao governo federal e seria “impossível constitucionalmente, legalmente e financeiramente” a União substituir Estados nessa atividade. “O governo federal não tem pessoas dentro do sistema penitenciário estadual. O sistema prisional é autonomia do próprio Estado”, afirmou.

As declarações do ministro foram dadas durante entrevista coletiva no Palácio do Planalto, após a apresentação do Plano Nacional de Segurança elaborado pelo governo.

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