Quatro policiais militares morreram na queda de um helicóptero em meio a um tiroteio na favela Cidade de Deus, na zona oeste do Rio de Janeiro, no último sábado (19). Os agentes, parte de uma equipe especializada em registrar imagens para ajudar os policiais em terra durante confrontos, somam-se aos outros 25 policiais militares mortos em serviço entre janeiro e setembro de 2016, de acordo com os dados mais recentes do ISP (Instituto de Segurança Pública) –mais do que em todo o ano de 2015, quando 23 policiais morreram trabalhando. Inicialmente, o ISP havia informado que 24 policiais haviam morrido no período, mas retificou o dado.
O número de policiais mortos neste ano pode ser ainda maior se levado em conta um relatório da PM obtido pelo UOL, que aponta 27 mortes de agentes em serviço nos primeiros dez meses de 2016, sendo uma delas em outubro. De acordo com o ISP, a divergência se deve à metodologia do instituto que, ao contrário da PM, exclui da conta os mortos em serviço por causas naturais.
Considerando-se também os 87 policiais mortos em horário de folga, o número de PMs que morreram até outubro chega a 114, segundo o relatório. Destes, 41 agentes morreram em confrontos com criminosos ou atingidos por armas de fogo. Em 2015, 65 PMs fora de serviço morreram, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O ISP não divulga o número de policiais mortos fora do trabalho.
"Não só no Rio como no resto do país, os policiais morrem fazendo bico, em conflitos privados e quando reagem a um assalto. É extremamente perigoso ser policial", afirma o sociólogo Ignácio Cano, coordenador do Laboratório de Análise da Violência da Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro).
Fonte: Uol
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