Os três lideram as pesquisas na disputa pelo Palácio da Liberdade
Anastasia à sombra e ao sol
O antropólogo Darcy Ribeiro (1922-1997) costumava comparar o Senado a um paraíso na Terra, com a vantagem de não precisar morrer para estar lá. E deixar esse éden de forma precoce (havia ainda cinco anos de mandato), definitivamente, não agradava ao senador mineiro Antonio Anastasia (PSDB), 57, em novembro do ano passado. “Precisamos de renovação, não serei candidato (ao governo do Estado), mas participarei através de ideias”, afirmou, naquela ocasião, para mais de uma centena de pessoas ligadas à área de gestão em um evento em Belo Horizonte.
Quatro meses depois, as nuvens não estavam dispostas da mesma forma no céu da política mineira. Fortemente pressionado para carregar no Estado a campanha do insosso presidenciável do PSDB, Geraldo Alckmin, e liderar, enquanto candidato ao Palácio da Liberdade, uma ampla aliança com o objetivo de eleger o maior número de deputados estaduais e federais, Anastasia foi obrigado a mudar de opinião. Mas não anunciou publicamente sua nova rota, pois ainda havia um acordo nada fácil de ser costurado internamente.
Na noite de 16 março, o tucano disparou uma série de telefonemas para políticos próximos do próprio PSDB e de siglas aliadas e comunicou sua decisão: seria candidato, mas sob algumas condições. Mineiramente, incentivou a pulverização da informação por interlocutores, mas se manteve calado e não autorizou sua assessoria a confirmar a candidatura. No dia 22 do mesmo mês, embarcou para a Suíça e prometeu dar uma resposta pública quando retornasse, em abril. Mas o plano já estava em andamento e, aos poucos, solidificava-se.
Ao melhor estilo das conspirações de quem vive entre montanhas, Anastasia estava ganhando tempo, cozinhando sua candidatura em banho-maria, à espera do desenrolar de duas situações: uma delas era a formação de uma coligação forte em torno de seu nome. Não sairia em uma composição aventureira. Essa questão foi facilmente resolvida logo após o vazamento de seu “sim” para a disputa, com uma dezena de legendas aderindo de forma imediata à chapa (atualmente são 12). A outra questão envolvia um ponto mais delicado e doloroso: o senador Aécio Neves (PSDB).
Padrinho político de Anastasia e quase eleito presidente em 2014, em menos de quatro anos, Aécio passou a viver um inferno astral, tornando-se um maldito dentro e fora do PSDB. Com citações em inquéritos da Lava Jato e flagrado em grampo no qual pedia R$ 2 milhões a Joesley Batista, um dos donos da JBS e também investigado por pagamento de propina a políticos, ele deveria ficar longe da campanha a governador do pupilo. Mais especificamente, não deveria se candidatar à reeleição ao Senado, sob pena de melar as alianças e ainda contaminar as campanhas majoritárias do partido.
Não há confirmação se houve uma conversa reservada entre os dois para tratar o assunto de forma explícita, mas não precisaria. O recado estava no ar (e entendido), e o teatro seguiu o roteiro diante do público até o limite da encenação – no caso, o prazo para o registro das candidaturas na Justiça Eleitoral, em 15 de agosto.
“Temos que respeitar a decisão que ele tomar. (...) Não tomará uma decisão isolada”, respondeu um menos cauteloso Anastasia sobre o futuro do colega de partido em entrevista a “O Estado de S. Paulo” no final de junho.
Em troca de seu sacrifício pelo PSDB, o pré-candidato tucano ainda fez um último pedido: o controle total de sua campanha, inclusive sobre como liderar a aventura de Alckmin pelas Gerais. Afinal, tucanos paulistas e mineiros não querem repetir os erros de quatro anos atrás – para ganhar o Brasil, é necessário ganhar as eleições em Minas.
No início de agosto, em uma nota pouco convincente divulgada à imprensa, Aécio lançava sua candidatura para deputado federal, corroborando um acordo imposto a ele de forma velada e irrevogável meses antes.
Anastasia havia vencido. Era candidato a sua maneira, ninguém fazia sombra a ele e tinha as rédeas do partido no Estado. Agora terá de fazer o eleitor acreditar em seu brilho próprio tendo o palanque frequentado por velhos aliados. Os adversários vão lembrá-lo disso.
Finanças do Estado são um legado polêmico
Se comparado ao candidato Anastasia de 2010, quando se lançava pela “primeira vez” ao governo do Estado (oficialmente era uma reeleição, porque, com a saída de Aécio Neves para se candidatar ao Senado naquele ano, ele ficou cerca de nove meses como governador), o tucano carrega agora, além de alguns quilos a mais, um tom mais político, mais confiante e menos professoral.
O raciocínio rápido, o vocabulário rebuscado e um amplo conhecimento de temas diversos são os mesmos. No currículo, de lá para cá, também o assombram e o deixam mais cascudo, para o bem e para o mal, o enfrentamento da mais longa greve dos professores estaduais enquanto era governador (foram 112 dias, em 2011) e o fato de ter sido o relator na comissão do Senado do controverso impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
Professor de direito, Anastasia mandou a petista para a forca mesmo sem a convicção jurídica do crime de responsabilidade imputado a ela. Agiu politicamente, mesmo dizendo o contrário.
Outro fantasma presente na campanha será a situação financeira do Estado. Acusado pelo atual governador e candidato à reeleição pelo PT, Fernando Pimentel, de ser o promotor da quebradeira das finanças do governo, Anastasia será confrontado com números, acertos e erros das administrações tucanas em Minas (de 2003 a 2014). Até o fim da campanha e, se vencer, por todo o mandato, Anastasia se questionará intimamente se acertou ao deixar a sombra do paraíso para se arriscar ao sol impiedoso do segundo maior colégio eleitoral do país, onde os problemas do funcionalismo e das áreas de educação, saúde e segurança têm gravidade proporcional às dimensões geográficas do Estado. “Se tudo der certo, as chances de enterrar a minha carreira política são grandes”, se autoapiedou, em tom de brincadeira, em uma conversa com jornalistas ainda durante a fase de pré-campanha.
Sob tiros, Pimentel não recua
A trincheira não é um lugar hostil para Fernando Pimentel (PT). Em três anos e meio de mandato à frente do governo de Minas, ele abandonou o Palácio Tiradentes, na Cidade Administrativa, exilando-se no Palácio da Liberdade. Brigou com seu vice do MDB e, em seguida, com todo o partido. Deixou prefeitos e servidores furiosos ao parcelar e atrasar repasses e salários. O cenário nada favorável parece funcionar como um combustível para o ex-guerrilheiro da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR). O governador quer a reeleição.
Hoje com 67 anos, Pimentel, quando acuado, ainda reage como o jovem militante que, no auge da repressão militar, em 1970, abandonou a cautela ao ser fechado por um taxista bêbado durante a noite, em Porto Alegre. Depois de reclamar e receber uma banana do motorista, o militante perseguiu o táxi por três quarteirões até emparelhar com ele, sacar o revólver 38 e ameaçá-lo. “Botei a arma na cara dele. Xinguei o cara, que quase capotou. Dei um tiro para cima, para assustá-lo, e fugimos com o nosso carro com placa fria”, contou o ex-guerrilheiro ao sociólogo Marcelo Ridenti, no livro “O Fantasma da Revolução Brasileira”.
Ao autor, o próprio admitiu que, além da irresponsabilidade juvenil, o episódio também evidenciou a superioridade que julgava ter na clandestinidade. Ele seria preso logo depois, aos 19 anos, e entregue ao impiedoso capitão Paulo Malhães, do Centro de Informações do Exército (CIE).
Se naqueles tempos Pimentel foi atormentado por Malhães, em sessões de tortura que se mantêm vivas na memória do governador, hoje os agentes do Estado que tiram o sono do ex-guerrilheiro são outros. Seu destino não depende mais de um enferrujado 38, mas da habilidade de seus advogados para livrá-lo de todas as acusações e encontrar uma solução para cumprir as promessas de campanha feitas há quase quatro anos. Pimentel espera retirar das urnas, em 7 de outubro, um apoio popular capaz de mostrar, quase 50 anos depois, que continua do lado certo da história.
Hoje, à frente do segundo maior colégio eleitoral do país, Pimentel ainda flerta com a vida secreta. Em poucos mais de três anos e meio de governo, deu raras entrevistas e apareceu pouco em público. No lugar dos palanques, prefere as confidências de corredor, principalmente as que terminam com a mesa farta no Palácio das Mangabeiras, residência oficial do governador. Do passado guerrilheiro, ainda conserva os sinais de coragem e ousadia, além da amizade com a ex-presidente Dilma Rousseff, que tornou-se um dos trunfos da campanha do PT em Minas para assegurar sua reeleição.
A tarefa, porém, não será das mais fáceis, como em 2014, quando venceu, com facilidade, o tucano Pimenta da Veiga no primeiro turno. Naquele ano, Pimentel tinha os excelentes rescaldos de sua gestão à frente da Prefeitura de Belo Horizonte, além do apoio pragmático do MDB, que garantiu sua sobrevivência política até meados deste ano.
Neste pleito, o patrimônio político de Pimentel encolheu. Além de ter perdido a força das alianças, que lhe rendeu até a abertura de um processo de impeachment no Legislativo mineiro, o governador acumula denúncias na Justiça por supostas ações de corrupção enquanto chefiava o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior no governo de Dilma Rousseff, uma das favoritas à vaga no Senado por Minas.
A candidatura da ex-presidente é um paradoxo para o PT mineiro. Ao mesmo tempo em que sua popularidade oferece carona a Pimentel, seria por causa dela que agora o MDB teria abandonado o barco e deixado à deriva o grupo petista. Dilma não teria aceitado subir no palanque com seus algozes emedebistas, que votaram em massa pelo impeachment que a tirou do cargo.
O saldo deixado por Pimentel até aqui não lhe garante posição confortável na disputa. Parcelou os salários dos servidores públicos, reteve os repasses constitucionais dos municípios. Concedeu aos professores uma conquista histórica: o direito ao piso nacional da educação, mas ainda não teve condições de honrar o compromisso de pagar o benefício. Por causa da recorrente dificuldade financeira, tem sido alvo de paralisações lideradas por sindicatos de servidores públicos, que antes tinham os governos do PSDB como inimigos.
Com toda a prudência que se esperaria de um candidato à reeleição que será o alvo natural em um confronto com os adversários, Pimentel, tenso, entrou no primeiro debate televisionado, pronto para levar chumbo. E não economizou pólvora.
Antes aliado, Aécio será munição na campanha
A comparação entre Pimentel e os adversários tucanos é recorrente no meio político. Quem nunca ouviu a frase, dita até mesmo pelos esquerdistas fisiológicos: “Pimentel é o mais tucanos dos petistas”. Esse estigma lhe foi dado quando se juntou, em 2008, ao então governador Aécio Neves (PSDB) para uma aliança que chocou líderes do PT estadual.
O petista, então prefeito de Belo Horizonte, uniu as forças com o hoje também acuado Aécio para apoiar o então desconhecido Marcio Lacerda (PSB) em sua primeira aventura pela política. Bom articulador e habilidoso na arte de conseguir o quer, elegeu Lacerda seu sucessor.
A vitória do socialista em sua primeira eleição deveu-se muito à elogiada gestão que Pimentel fizera como prefeito, sendo um dos “pais” do Orçamento Participativo, projeto de sucesso que marcou as administrações petistas em BH. Desde que assumiu o cargo em 2003, no lugar de Célio de Castro, realizou importantes investimentos em políticas sociais. Deixou a prefeitura com 90% de aprovação.
Agora o cenário não é mais tão favorável. Na mais recente pesquisa DataTempo/CP2, apareceu com a mais alta rejeição entre os concorrentes: 27,8%. Duas estratégias serão fundamentais para reverter o quadro. A primeira, o governador já tem exposto nas poucas entrevistas que deu como pré-candidato. Antigo aliado, Aécio agora virou munição nas mãos de Pimentel. Acusado de pedir R$ 2 milhões em propina a Joesley Batista, Aécio é padrinho político de Anastasia, principal alvo do petista nestas eleições. A imagem do tucano será repetidamente colada a Anastasia, que tenta, em vão, se desvencilhar do “criador”.
A outra forma de tentar vencer é colar sua imagem à de Dilma e à de Lula, ambos com bons números em Minas. E à sombra dos ex-presidentes, quem sabe, reconquistar a confiança do eleitor para, como na juventude, conseguir o poder tendo como arma, de novo, o voto popular.
Lacerda agora em voo solo
Entre dezenas de mãos disponíveis para receber um cumprimento, o então candidato a prefeito de Belo Horizonte acabou encontrando a de um manequim de vitrine pelo caminho. Sem perceber que se tratava de um boneco, estendeu a mão à estátua de cabelos lilás. Naquele 6 de agosto de 2008, a imagem flagrada pelo fotógrafo Charles Silva Duarte era o símbolo de alguém que estreava na campanha sem o mínimo traquejo político para tal missão.
Dez anos depois, Marcio de Araujo Lacerda tem justamente na desvinculação com a imagem de um político tradicional a principal arma na disputa contra o governador Fernando Pimentel (PT) e o senador Antonio Anastasia (PSDB), ex-ocupante do posto. Não por acaso, é esse seu mote de campanha, principalmente após ver uma articulação nacional de petistas com seu próprio partido tentar tirá-lo da disputa.
Em uma década, porém, o velejador por hobby sofreu bastante com tormentas provocadas por palavras malcolocadas ou articulações frustradas. A cada uma delas, reforçava o carimbo de que era um técnico sem capacidade para construir acordos maiores e que não conseguiria se viabilizar sozinho. Nas palavras dos adversários: um poste inventado por Pimentel e Aécio Neves (PSDB).
As relações de Lacerda com a política, porém, remontam a um passado mais distante. Na luta contra a ditadura militar, ficou preso por quatro anos. Embora tenha militado pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB) e pela Aliança Libertadora Nacional (ALN), costuma confidenciar que foi movido muito mais pelo instinto de desafio ao autoritarismo da época do que pelas ideologias de esquerda que pregava grande parte de seus companheiros. O socialismo do nome de seu partido não guarda relação com as crenças do empresário que enriqueceu no puro capitalismo, com uma empresa de infraestrutura de telecomunicações.
A posição refratária ao comunismo não impede, porém, que Lacerda confidencie a admiração que tem por Vladimir Putin, um ex-agente da KGB que comanda hoje com mãos de ferro a Rússia, a principal das repúblicas ressurgidas após a queda da União Soviética.
A defesa da postura firme do líder russo guarda certa semelhança com as acusações feitas por seus adversários quando o hoje candidato ao governo comandou a Prefeitura de Belo Horizonte. Era taxado como alguém pouco afeito ao diálogo e inábil ao se comunicar com a imprensa e a população.
Lacerda alimentou seus críticos ao longo do tempo. Em 2012, ao dizer que devia “ter sido um pouco mais babá dos cidadãos”, após um homem morrer ao cair de carro em um córrego da capital. Em 2014, ao afirmar que “acidentes acontecem”, na ocasião da queda de um viaduto que ocasionou a morte de duas pessoas e deixou 23 feridas.
Sua postura gerou forte resistência de um grupo de esquerda que lançou o lema “Fora Lacerda” e que ganhou força quando foi quebrada a aliança com o PT que lhe viabilizou na disputa de 2008.
As imagens daquela campanha não deixam dúvida de quanto Aécio e Pimentel foram tidos como fundamentais para tornar Lacerda alguém suficientemente conhecido. Naquele momento, a surpreendente e inédita aliança PT/PSDB era apontada como o caminho para uma nova política, sem rancores ou disputas fratricidas.
Como se sabe, o arremedo de união entre os históricos antagonistas da política brasileira não passou disso. E Lacerda se separou do PT em quatro anos e do PSDB em outros quatro. Com isso, chegou às eleições de 2016 isolado quando tentou lançar sem sucesso o empresário Paulo Brant para a sua sucessão.
Após rejeitar uma aliança com o PSDB e ao ver Aécio e seus aliados fazerem evaporar qualquer chance de aliança que pudesse empurrar Brant à PBH, Lacerda abandonou a candidatura do apadrinhado. Ao unir-se a Délio Malheiros (PSD), seu vice que um dia disse estar “com quem estivesse contra o Marcio”, ele apostava suas últimas fichas. Uma derrota fragorosa, como a que veio ao não conseguir sequer levar seu aliado ao segundo turno, era apontada como o fim da linha em seu futuro sonho de disputar o Palácio da Liberdade. Mas, quatro anos depois, o ex-prefeito renasceu como uma terceira via capaz de assustar rivais tradicionais em um momento de completa insatisfação com a classe que comanda o país.
Na Justiça, briga para continuar campanha
Ungido por seu grupo no nível estadual e rejeitado pela direção nacional do partido, Marcio Lacerda enfrenta curiosa e inusual situação entre todos os concorrentes ao Palácio da Liberdade. Se de um lado garantiu apoio maciço de partidos que até então não orbitavam em torno de seu nome, como o pesado MDB, de outro vê na insegurança jurídica de uma situação ainda não resolvida a principal ameaça ao seu sonho de ocupar o Palácio da Liberdade.
Há males, para Lacerda, porém, que podem vir para bem. A articulação comandada pelo PT de Pimentel em conluio com o comando do PSB acabou dando a ele um slogan que teria dificuldade de difundir tendo sido lançado pelo petista e por Aécio há dez anos. Ao dizer-se vítima de uma articulação “da velha política”, Lacerda usa a seu favor o fato de ter sido alijado dos processos decisórios das mais importantes figuras do poder em Minas Gerais desde que começou a sonhar com voos próprios.
A arma nada secreta só servirá, porém, se ao fim e ao cabo de uma intrincada batalha no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele terminar com o direito de ter seu nome na urna.
Enquanto muitos duvidaram da capacidade de Marcio Lacerda de resistir, ele preferiu insistir. Após ser dado como morto politicamente em 2016 e de ver suas alianças previamente combinadas para a disputa de 2018 se dissiparem com a entrada de Antonio Anastasia no cenário eleitoral, o político do PSB se reinventou duas vezes na longa jornada para ser candidato.
O Lacerda que hoje briga pela candidatura é bem diferente do que há poucos meses mostrava mais brilho nos olhos com a hipótese de ser candidato a vice do presidenciável Ciro Gomes (PDT), de quem foi secretário executivo e é amigo de longa data. A articulação para tirá-lo da disputa pareceu ter dado um mote que nem um antigo sonho de ser governador havia sido capaz de solidificar.
Fonte O Tempo
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