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quarta-feira, 25 de abril de 2018

PF pede transferência de Lula e diz que já gastou R$ 150 mil após prisão

Pedido da Polícia Federal foi feito sob sigilo a juíza da 12ª Vara Federal de Curitiba
A Polícia Federal (PF) de Curitiba pediu à Justiça a transferência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva do prédio da superintendência, na capital paranaense. Em ofício classificado como urgente, a corporação pediu à juíza Carolina Lebbos que o petista seja levado a "um estabelecimento prisional adequado para o cumprimento da pena imposta". As informações são da colunista da Folha de S. Paulo Mônica Bergamo.

Os policiais justificam que são muitos os transtornos causados pela presença do ex-presidente na carceragem da PF, enquanto os gastos para mantê-lo são altos. De acordo com o documento, já foram gastos R$ 150 mil com diárias de policiais, passagens e deslocamentos de pessoal de outras unidades para reforçar a segurança da superintendência. A estimativa é de que os custos cheguem a R$ 300 mil no mês.
Afirmam também que as instalações da PF não são adequadas para um preso nas condições de Lula e que a sala em que ele se encontra não é apropriada "para a longa permanência de pessoas alojadas", tendo sido improvisada.  O ex-presidente ocupa uma sala especial no último andar da PF desde o dia 7 de abril.

Outro argumento dá conta de que "toda a região" em torno da Superintendência da PF "teve a sua rotina alterada, como profundas modificações na circulação de pessoas e veículos" já que apoiadores de Lula se reúnem diariamente perto do local.

Os delegados afirmam, ainda, temer a proximidade do Dia do Trabalhador (1º de Maio), já que movimentos sociais e de trabalhadores estariam se organizando para promover em Curitiba o evento principal do feriado. "Em informações preliminares fala-se em uma concentração de até 50 mil pessoas", escreveram eles.

O documento ainda aponta que o combinado era de que Lula permanecesse por pouco tempo na PF. Por outro lado, eles estariam enfrentando dificuldade para "manter os serviços à população" e a "possibilidade de episódios de violência" nas cercanias da PF.

Conforme a colunista da Folha, a defesa tem prazo para se manifestar sobre o pedido.

Fonte Diario Catarinense

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