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terça-feira, 10 de abril de 2018

Com Dilma na chapa, aliados querem abandonar Pimentel

Possível presença da petista como nome do PT ao Senado desagradou a partidos da base do governador
Dirigentes de partidos que estavam com conversas adiantadas com o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), sentiram-se traídos por ele ao descobrirem, por meio da imprensa, que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) passou seu domicílio eleitoral para Belo Horizonte com o intuito de disputar o Senado pelo Estado nas eleições. A avaliação de articuladores de MDB, PCdoB, Podemos e PHS, que se encontraram nesta segunda-feira (9) em um almoço, foi que agora vai ser difícil apoiar o projeto de reeleição do petista.

Interlocutores contaram que essa movimentação foi articulada pela cúpula nacional da legenda, sem ao menos consultar as possíveis siglas aliadas. A chapa majoritária é formada por quatro vagas: governador, vice e duas de senadores. Com a chegada de Dilma, o PT ficaria com dois postos, restando aos apoiadores a cadeira de vice e a outra vaga para o Senado. Dirigentes partidários classificaram o gesto como uma “infelicidade absurda”, já que a petista ocuparia um espaço que seria perdido nas negociações.

Diante desse cenário, é dito que, se a candidatura dela se confirmar, o PT vai estar em um “voo solo descontrolado”. A análise é a de que é “pretensão excessiva” uma presidente impedida devido a pedaladas fiscais integrar a coligação de um governador que tem como calcanhar de aquiles questões financeiras – repasses atrasados a municípios, escalonamento dos salários do funcionalismo, entre outras.

“O PT não consultou ninguém. MDB e PCdoB se sentiram traídos, e quem também não gostou foram os demais partidos que conversavam com Pimentel. O apoio está cada vez mais difícil para o atual governador, que não abre possibilidade para qualquer plano B. Se Dilma ficar, o resto deve sair. Se ela quiser, que vá disputar para deputada estadual ou federal. Se já era difícil conciliar alianças, com a Dilma ficou impossível”, disse uma fonte.

Coadjuvante. Conforme apurou a reportagem, uma das lideranças políticas que ficaram mais irritadas com essa articulação foi o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Adalclever Lopes (MDB). Ele estava sendo cotado para concorrer a senador ou a vice-governador. No entanto, essa segunda possibilidade perdeu força, uma vez que o empresário Josué Alencar saiu do MDB para o PR, com a possibilidade de ser vice de Pimentel – por mais que nacionalmente os planos para ele sejam outros.

O emedebista teria ficado bastante incomodado pelo fato de perder espaço na chapa e afastou-se ainda mais petista. Com a chegada de Dilma Rousseff, ele e o MDB viraram plano B na chapa. E, como dificilmente dois nomes do mesmo espectro conseguiriam se eleger para o Senado, mesmo que Adalclever ocupasse uma das duas vagas disponíveis, o atual presidente da ALMG teria muito mais trabalho com Dilma na corrida eleitoral.

Nessa situação, a tese de candidatura própria ganhou ainda mais força nas últimas horas no MDB mineiro. Adalclever e o vice-governador e presidente do partido em Minas, Antônio Andrade, são os nomes ventilados internamente para essa empreitada.

A possibilidade de candidatura própria ao governo é apoiada pela base da sigla, como prefeitos, vereadores e delegados. Por isso, acredita-se que esse plano pode ser vitorioso na convenção partidária. Para emedebistas, essa hipótese ganhará mais força se o presidente Michel Temer for tentar a reeleição, já que ele vai precisar de palanque em Minas. Contudo, deputados estaduais tentam reaproximar Adalclever e Pimentel, uma vez que a coligação com petistas é mais vantajosa para que eles se reelejam.

Também ficaram insatisfeitos com a chegada de Dilma a deputada federal Jô Moraes (PCdoB), que articula seu nome ao Senado, e o prefeito da capital mineira, Alexandre Kalil, que negocia o nome do jornalista Carlos Viana para senador.

Encontro

Rumos. Uma reunião com caciques do MDB de Minas está marcada para quarta-feira (11). Eles vão fazer um balanço da janela de troca partidária e decidir como a agremiação vai se posicionar nas eleições.


Josué pode ser vice do PT ao Planalto ou até liderar chapa
A mudança de partido do empresário Josué Alencar, saindo do MDB para migrar para o PR, pegou de surpresa lideranças emedebistas e caciques de Minas Gerais. A filiação dele foi articulada em nível federal, pelo ex-deputado federal Valdemar Costa Neto com a cúpula do PT nacional. Nos bastidores, comenta-se que os planos para o empresário é que, assim como seu pai, José Alencar, ela seja candidato a vice-presidente, nas eleições deste ano, numa chapa petista.

As articulações do ex-deputado, que é quem dá as cartas no PR, foram no sentido de que Josué Alencar seja o nome a vice se o PT conseguir um quadro forte para a corrida eleitoral. Com a prisão do ex-presidente Lula, na última semana, e a redução das chances de ele ser candidato à Presidência da República, o mais cotado para o pleito é o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad.

Contudo, se o PT não conseguir viabilizar uma candidatura de peso, com um representante que tenha chances reais de vencer a eleição, o filho do ex-vice-presidente poderá entrar na disputa para concorrer à cadeira do Palácio do Planalto.

Proximidade. Como a reportagem de O TEMPO já mostrou, Josué Alencar é muito próximo de Lula e sempre o consulta para tomar decisões importantes, especialmente na política. A amizade foi herdada do pai. Por isso, se o ex-presidente pedir para que ele seja candidato ao Planalto, o entendimento de pessoas próximas de Josué é que o empresário possa aceitar o convite em gesto de respeito ao político.

Assim que a filiação do filho do ex-vice-presidente ao PR foi anunciada, na última sexta-feira, a hipótese levantada por políticos mineiros foi a de que ele disputaria a preferência do eleitorado mineiro como vice-governador, numa chapa encabeçada por Fernando Pimentel (PT). Essa possibilidade não é descartada se o nome de Josué Alencar não for viabilizado nacionalmente.

A saída do empresário do MDB, inclusive, pegou de surpresa lideranças da própria agremiação, como o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Adalclever Lopes. Ele utilizava o nome de Josué como moeda de troca nas negociações com Pimentel. Nas eleições de 2014, o empresário tentou, e não conseguiu uma vaga no Senado.

Fonte O Tempo

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