Segundo defesa do goleiro, aulas foram suspensas em núcleo por falta de repasses de verba.
O goleiro Bruno Fernandes, que está preso no Presídio de Varginha (MG), onde cumpre pena pela morte de Eliza Samúdio e pelo sequestro e cárcere privado do filho Bruninho, está prestando serviços no Corpo de Bombeiros de Varginha há cerca de 10 dias. Segundo o advogado de Bruno, Fábio Gama, ele tem feito a capina e limpeza dos ambientes da unidade.
O Corpo de Bombeiros tem uma parceria com o sistema prisional e solicitou reeducandos para fazer esse serviço. Conforme a defesa, o próprio Bruno se ofereceu para a função. Desde agosto do ano passado ele era autorizado pela Justiça a dar aulas para crianças no Núcleo de Capacitação para a Paz (Nucap), que atende familiares de detentos em Varginha. No entanto, conforme a defesa de Bruno informou ao G1, as aulas de futebol para as crianças no Nucap estão suspensas há cerca de um mês por falta de repasse de verbas.
Para não ficar ocioso e continuar trabalhando para a remissão de pena, conforme a defesa, Bruno optou por fazer o trabalho no Corpo de Bombeiros. Conforme a defesa, a expectativa é que ele possa progredir para o regime semiaberto em agosto.
Segundo a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), Bruno foi remanejado porque houve uma mudança no projeto onde ele estava trabalhando. Assim, o juiz entendeu que havia mais urgência em outros locais e decidiu coloca-lo em um outra instituição para o trabalho.
Bruno Fernandes está no Presídio de Varginha desde abril do ano passado. Ele foi preso na cidade após decisão do Supremo Tribunal Federal. Antes, ele havia retomado a carreira pelo Boa Esporte e atuou em partidas do Módulo II do Campeonato Mineiro de 2017.
Segundo atestado de pena atualizado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), ele poderá deixar a prisão ainda em 2018. O goleiro foi preso em 2010 e condenado pelo homicídio triplamente qualificado de Eliza Samúdio e por sequestro e cárcere privado do filho Bruninho. Ele também havia sido condenado por ocultação de cadáver, mas esta pena foi extinta, já que o crime prescreveu.
A progressão, no entanto, ainda deve ser recalculada removendo 42 dias de remissão da conta. A medida vai ser tomada após o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) atender a um recurso do Ministério Público que contestava parte do período trabalhado na Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac) de Santa Luzia. Procurado pelo G1, o advogado Fábio Gama, que defende o goleiro, afirmou que já recorreu da decisão.
A revisão é necessária também porque o atestado mais recente ainda não engloba o período de trabalho após o dia 30 de setembro de 2017. Ou seja, Bruno já tem direito a mais dias de remissão, uma vez que continuou trabalhando no Núcleo de Capacitação para Paz (Nucap), em Varginha, após essa data - o que deve manter a data permitida para a progressão de pena ainda no 2º semestre de 2018.
Fonte G1
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