A Ford registrou, na última semana, patentes relacionadas a um carro de polícia autônomo que seria capaz de identificar irregularidades e até mesmo tomar algumas atitudes pré-determinadas em casos como o de direção perigosa, alta velocidade ou sob a influência de drogas ou álcool.
A tecnologia registrada pode operar com ou sem a presença de policiais, usando os mesmos sensores e câmeras que propiciam a navegação autônoma também para identificar problemas. Uma série de ações podem ser realizadas com relação às ocorrências, começando, por exemplo, com o envio de uma notificação para a polícia e a ativação de sinais sonoros para o motorista infrator.
Outras possibilidades, claro, dependem da presença de outros carros autônomos e conectados a uma mesma rede, o que mostra que a Ford está pensando em um futuro que parece longínquo. As forças polícias teriam autonomia para assumir o controle do sistema multimídia de um veículo, também notificando o infrator e solicitando que ele pare ou, apenas, reduza a velocidade, o avisando sobre a aplicação de uma multa.
Ainda, a patente fala sobre sistemas de inteligência artificial que permitiriam a comunicação com o motorista para que ele pudesse se explicar, apontar suas intenções ou informar documentação, por exemplo. Tudo isso seria repassado para oficiais humanos, em centrais, que também trabalhariam lado a lado com um sistema automatizado e sem fio para determinar, por exemplo, a aplicação de multas, apreensões ou se o infrator vai embora apenas com uma bronca.
Os documentos vão além, indicando também utilizações específicas voltadas para controle de velocidade em grandes vias. Também com uso de sensores, os carros autônomos poderiam se comunicar com radares e utilizar seus próprios sensores para determinar um bom posto de observação e avaliar a velocidade de outros veículos. Caso um apressado seja detectado, ele poderia ser notificado imediatamente ou então ter sua parada ordenada em um ponto mais à frente.
A patente da Ford, claro, depende de uma rede em que sensores, carros, radares e outros dispositivos estejam conectados, uma realidade distante — mas também um objeto de amplo estudo quando o assunto é a direção autônoma. Levando isso em conta, entretanto, a patente não fala sobre a possibilidade de o sistema efetivamente assumir o comando de outros veículos, parando ao afirmar, somente, que a plataforma poderia servir para ações mais ostensivas.
Como sempre, o registro de patentes nem sempre indica a intenção efetiva de utilizar uma tecnologia no mundo real. Muitas vezes, documentos desse tipo são submetidos às autoridades como forma de proteger uma invenção ou lucrar com royalties sobre ela caso terceiros queiram fazer uso de tais inovações.
Nesse caso, então, a ideia de aplicação efetiva é ainda mais longínqua, uma vez que ela depende de infraestruturas ainda inexistentes. A Ford não se pronunciou sobre o assunto.
Fonte: Motor1
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