Diógenes Pinheiro De Oliveira teve dia de soldado em Pirassununga, SP. Ele ganhou uniforme, andou a cavalo e até teve aulas de tiro no batalhão.
‘Foi o melhor dia da minha vida’, disse Diógenes Pinheiro De Oliveira, de 85 anos, que sempre sonhou em ser militar. Morador há 5 anos no asilo Nossa Senhora de Fátima, Pirassununga (SP), ele recebeu um presente de Natal antecipado na terça-feira (22): passou a manhã realizando diversas atividades junto com soldados e oficiais do Exército no 13º Regimento de Cavalaria Mecanizada. (RCMec).
Idoso de 85 anos recebeu uniforme para realizar o
sonho de ser militar (Foto: Carol Malandrino/G1)
O asilo, que atende cerca de 40 idosos com famílias em situações precárias, realizou uma campanha de apadrinhamento no Natal e vários pedidos surpreenderam os funcionários. Os idosos tiraram fotos segurando um quadro negro em que estava escrito o presente que eles gostariam de ganhar no fim do ano.

Rede social
As fotos da campanha foram parar nas redes sociais. O coronel Eduardo Xavier Ferreira Glaser Migon contou que soube da iniciativa e resolveu apoiar. Na manhã de terça-feira, Seu Diógenes foi surpreendido com a chegada dos militares ao asilo. Ele recebeu até um uniforme com o nome dele gravado.

Bem alimentado, ele começou a participar das atividades no quartel. Primeiro, passeou em dois veículos militares, depois participou de uma demonstração prática de tiro e, por fim, andou a cavalo. Uma enfermeira e alguns soltados acompanharam o idoso para garantir a segurança dele. Ao final, recebeu, além do carinho das pessoas envolvidas na ação, um certificado especial do Exército, que reúne mais de 500 militares naquele batalhão. “É o melhor presente que já fizeram para mim, estou feliz”, disse Seu Diógenes.
Campanha

“Formamos um grupo com cinco pessoas e essa surpresa aconteceu. O Seu Diógenes está aqui há quase seis anos e a única família que ele tem são dois sobrinhos. É uma pessoa muito dócil, não gosta de briga e fica nervoso quando vê alguma discussão. Ele sempre comentou que o sonho dele era ser militar e que não tinha conseguido”.
Segundo Estelina, o idoso resistiu para mudar para o asilo, mas foi sua única alternativa, já que ele corria risco de vida. “Estavam entrando direto na casa dele pelo telhado, viram que ele morava sozinho e ele já chegou a entrar em conflito com um dos homens que tentou invadir o local. Ele chegou aqui machucado. Acho que agora ele tem aqui como a casa dele com muito amor, carinho e afeto pelas pessoas”, contou.

Após um tempo no asilo, o idoso resolveu assumir uma função de porteiro para não ficar parado. “Ele ajuda a gente. Até arrumamos um voluntário para ajudar, mas Seu Diógenes ficou triste, achou que teria que sair do cargo. Explicamos que era apenas para ele conseguir passear um pouco”, relembrou a coordenadora.
Fonte G1 São Carlos e Araraquara
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