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quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Governo transforma Natal dos servidores de Minas em pesadelo: 'Não tem como fazer ceia'


Faltam sete dias para o Natal e o clima entre servidores do Estado é de tristeza, decepção, indignação e incerteza. Com salários parcelados, atrasados e sem previsão para o pagamento do 13º, muitos estão atolados em dívidas e não têm dinheiro sequer para fazer uma ceia básica. O pagamento da segunda parcela dos salários está previsto somente para o dia 28. 

A Rádio Itatiaia conversou com vários servidores. Alguns chegam a chorar. “Quando a gente tem uma família completa, tudo passa. Eu, infelizmente, perdi meu marido. Só tenho meu salário. Ano passado não pude comprar um chester para minha casa”, diz uma servidora aos prantos.

“O nosso Natal não vai existir. Vi você falar com a colega em empréstimo. Não tem como. O banco não está emprestando mais. Já está todo mundo afundado em empréstimos”, diz outra servidora.

“Não vai ter Natal, porque não tem como você arcar com a responsabilidade. Não tem como fazer a ceia de Natal. Não tem 13º, o dinheiro é muito pouco", reforça a colega.

Nessa segunda-feira (17) teve protesto de várias categorias em Belo Horizonte, após o governo cancelar a reunião para definir o assunto; o encontro - que estava marcado para a última sexta-feira - deve ocorrer nesta quarta-feira (18).

Profissionais da saúde, por exemplo, que já estão em greve por tempo indeterminado, fizeram um ato para cobrar do governo um posicionamento sobre a data do pagamento do 13º.

O diretor do sindicato que representa os servidores da Educação em Minas, Paulo Henrique Fonseca, critica a falta de diálogo do governo do estado com a categoria, e não descarta uma possibilidade de greve.

O diretor jurídico da associação dos policiais e bombeiros de Minas, Heder Martins de Oliveira, teme não receber o restante do salário.

Em nota, o governo de Minas informou que a escala de pagamento é feita de acordo com o fluxo de caixa do estado e as previsões de receitas.


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